Os livros através das Eras

OS LIVROS ATRAVÉS DAS ERAS

Numa era em que muitas mídias já desapareceram do seu formato físico e agora residem no digital, o livro é praticamente uma resistência.

Seu apelo ligado a conhecimento se perpetuou através dos tempos, justamente pela escrita ser concebida com principal via de comunicação ainda nos dias atuais, basta ver a prática de ler ao qual você está executando neste momento.

Outra premissa básica advinda dos livros é justamente o que conhecemos por “narrativa”, palavra esta que está em moda, tanto por parte da imprensa, quanto dos interlocutores políticos e até mesmo no mundo do entretenimento. Vale ressaltar que tudo o que se refere a ela está baseada em livros.

A importância que vai desde manual de conhecimento a registros históricos, base pedagógica até entretenimento fictício o faz ser uma eterna vanguarda no imaginário do que consideramos literatura e traz todo um conceito de identidade na história da humanidade.

Todo este contexto por si só já traz todas as razões pelo qual o compilado de manuscritos é importante ainda  nos dias de hoje. Basta a ver que as bibliotecas ainda resistem e há locais de Sebo para a venda de livros antigos.

No decorrer dos séculos tivemos diversas adaptações aos formatos dos livros, transformando em jornais, tabloides, revistas, apostilas, mini books, gibis, mangás, diversos formatos que podemos chamar de “encadernados”.

Discos , Cds,  películas , todos eles já foram tomados pelo novo formato, mas o livro em papel  ainda é um fenômeno e tudo indica que ainda será por um bom tempo. A razão talvez esteja no conceito histórico do livro e sua relação com o ser humano.

Nicho?

É claro que o avanço dos livros digitais como o formato PDF e dispositivos como tabletes e leitores não param de crescer à medida que as pessoas vão se predispondo a mudar seus hábitos de leitura, mas a resistência ainda se dá a um mercado que não parece perder força, como por exemplo, os de colecionadores. Outro exemplo, ainda podemos usar os decoradores, adeptos ao conceito o retrô que buscam justamente uma ambientação mais consagrada e contraste aos dias atuais. Basta ver como exemplo a volta dos chamados vinis.

Vale ressaltar que tudo nos formatos ainda passam pelo que chamamos de comportamento. Uma pessoa acostumada a viagens de avião ou de ônibus pode perfeitamente ficar sem bateria em seu aparelho e partir para algo mais tradicional de uso, como um livro ou revista. Existem pessoas que pensam tanto nesta praticidade quanto no prazer de tocar algo físico que não dependa de uma tela iluminada frente aos seus olhos o tempo todo.


Há razões para o formato ainda se perpetuar e a julgar por todo o histórico dele me parece duas coisas. A primeira é de quê há uma relação íntima entre ele e a humanidade fazendo que sua concepção não mude de forma definitiva.

A segunda é que ainda sobre está ideia é possível que leve mais alguns séculos para que ele se mantenha. Vale pensar que mesmo em tempos em que questionamos uso de papel de forma sustentável, a conivência como os livros são compostos servem ainda de forma documental para justificar seu uso em um grande e amplo paradoxo.

Fica o convite para olhar para dentro das suas experiências com os livros, sejam eles recentes ou mais logevos e se questionar sobre quantas vezes se fez a pergunta “quando será que vou ter tempo para ler”ou “estou querendo ler um livro, vou começar qual?”. Se alguma destas duas perguntas pairam suas consciência, perceba, seu íntimo está perpetuando o formato, seja ele impresso ou digital, você está fazendo sua parte para que ele continue a ser o que sempre foi, um baú de conhecimento a ser revisado, consultado e apreciado.

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