“Dengue em Idosos: Um Risco Oculto que Pode Ser Fatal”                    

O que é a Dengue? A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus da família Flaviviridae, transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), e a infecção por um deles proporciona imunidade permanente apenas para o sorotipo específico e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Quadro Clínico e Diagnóstico  – A manifestação da dengue pode variar de formas assintomáticas a quadros graves. Os sintomas típicos incluem febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, fadiga, dor muscular e articular, e erupção cutânea. O diagnóstico é primariamente clínico, confirmado por testes laboratoriais específicos para detecção do vírus, anticorpos ou ambos.

Por que a Incidência de Morte é Maior em Idosos?  Existem três fatores principais que contribuem para o aumento do risco de morte por dengue entre idosos:

A – Diminuição da Imunidade pela Velhice: Com o avançar da idade, o sistema imunológico se torna menos eficiente, dificultando a luta contra infecções, incluindo o vírus da dengue.

B – Doenças Crônicas: Muitos idosos possuem condições crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, que podem exacerbar os efeitos da dengue, aumentando o risco de complicações e morte.

C – Ausência de Sintomas: Em alguns casos, a apresentação atípica da doença em idosos, como a ausência de febre, pode atrasar o diagnóstico e tratamento, contribuindo para um desfecho adverso.

Medidas Preventivas e Tratamento Para os idosos –   as medidas preventivas são cruciais. Incluem o controle do vetor (eliminação de criadouros do mosquito), uso de repelentes, telas em janelas e portas, e roupas que minimizem a exposição da pele. A vacinação também surge como uma ferramenta importante, embora sua indicação deva ser avaliada individualmente, considerando a exposição prévia ao vírus e outros fatores de risco.

O tratamento da dengue é principalmente de suporte, visando o alívio dos sintomas e a prevenção de complicações. Não existe um tratamento antiviral específico para a dengue.

 A hidratação é um componente essencial do tratamento, podendo ser necessária a administração de fluidos por via oral ou intravenosa em casos mais graves.

A monitorização cuidadosa é particularmente importante para idosos, devido ao risco aumentado de complicações.

O TRATAMENTO COM AS VACINAS:

Há duas principais vacinas contra a dengue que estão sendo utilizadas em vários países:

Qdenga (TAK-003) – Desenvolvida pela Takeda Pharmaceutical Company, esta vacina tetravalente protege contra todos os quatro sorotipos do vírus da dengue. Está sendo aplicada no Brasil desde o final de dezembro de 2023.

Uma segunda vacina, desenvolvida conjuntamente pelo Instituto Butantan (Brazil) e o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIH), está em fase de testes e demonstrou eficácia de aproximadamente 79,6%. Esta vacina é aplicada em uma única dose e está programada para estar disponível no ano seguinte ao seu lançamento

No Brasil, somente a vacina Qdenga está sendo incluída no Sistema Único de Saúde (SUS)

 As vacinas são administradas em esquemas específicos, com a Qdenga requerendo duas doses com intervalo de 90 dias entre elas.

Conclusão: O aumento do risco de morte por dengue em idosos exige uma atenção especial tanto na prevenção quanto no tratamento. A conscientização sobre os fatores de risco e as medidas preventivas específicas pode salvar vidas, enfatizando a importância da prevenção, diagnóstico precoce e manejo cuidadoso desta população vulnerável.

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